Paisagismo: Parc De La Villette

Arquiteto: Bernard Tschumi
Localização: 211 Avenue Jean Jaurès, 75019 Paris, France
Ano do projeto: 1987
Área: 55 hectares (Área de um antigo abatedouro)


Uma das primeiras grandes obras construídas do desconstrutivismo é o Parc de La Villette. O projeto vencedor de concurso com mais de 470 participantes. Esse triunfo se deve ao fato do projeto ter atendido às intenções que foram propostas para o ele. Devia ser algo diferente dos parques já existentes, que mostrasse uma nova arquitetura, marcasse uma nova época (Paris vivia um momento de desenvolvimento econômico e cultural) e não fosse uma simples réplica da paisagem.  




O parque possui um variado programa de equipamentos culturais e de entretenimento, oferecendo muitas atividades aos seus usuários. Segundo sua descrição no site do arquiteto “o parque se opõe a noção de paisagem Olmstead, difundida durante o século XIX, de que no parque a cidade não deveria existir”. E isso é bastante claro se olharmos sua obra. 

O parque atrai um grande e variado público, tornando-se parte da rotina desse público e não apenas um local de passagem ou lazer momentâneo. Ele leva o dia-a-dia da cidade para seu centro e seus limites físicos se misturam a paisagem de uma forma que ficam sutis e integrados (inclusive integrando meios de transporte público como estações de metrô e bicicletas).


A partir deste ponto é que se percebem as primeiras características desconstrutivistas dessa obra. A arquitetura no parque é feita não apenas para funções tradicionais de abrigo e instalação, ela procura se “comunicar” com seu observador e usuário. Tenta chamar sua atenção, atrair sua curiosidade e despertar sensações. Espalhadas pelo parque, existem 21 “folies” (loucuras em francês) que são os pontos de encontro das tramas em que o parque foi projetado e sua forma oferece uma variedade de funções, a escolha de como usa-las fica por conta do próprio usuário e sua cor vermelha (característica dos detalhes da maioria dos projetos de Tschumi) cria um alto contraste com a paisagem verde. 


Devido a extensão do parque a sua variedade de ambientes muitas diferentes imagens de diferentes paisagens podem retrata-lo. Do jardim de espelhos, passando pelo canal que corta o parque, chegando as sessões de cinema ao ar livre nas noites de verão, o parque se se adequa e se comunica com seus usuários todo o tempo.









Manual do Arquiteto

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Instagram