Coluna dos Arquitetos: Louis Isadore Kahn #4

    

    Louis Isadore Kahn, nascido em 20 de fevereiro de 1901 na ilha de Osel na Estônia, foi naturalizado americano quando tinha 5 anos, quando sua família se mudou para os Estados unidos em 1905. Em 1924 Louis se formou em arquitetura pela Universidade de Pennsylvania segundo a tradição Beaux-Arts e algum tempo depois passou uma temporada na Europa, afim de estudar a arquitetura do local e entrar em contato com as vanguardas da época.

    Durante três décadas trabalhou para firmas americanas, no entanto não teve o seu trabalho reconhecido, no entanto, durante o tempo que ele passou trabalhando com Paul Cret, sua arquitetura sofreu influencias do estruturalismo de Violet-le-Duc, do classicismo racionalista de Labrouste, de métodos e teorias de Choisy e Guadet, do racionalismo de Durand e tantos outros do século XIX francês.


    Na década de 50, em sua temporada na Europa, ele passou um tempo na American Academy, em Roma, onde mudou sua forma de encarar a Arquitetura. Kahn havia tomado a arquitetura italiana como fonte de inspiração para as suas obras de uma maneira abstrata, em que voltava as suas técnicas para o drama e os efeitos produzidos pelas formas, aberturas e luzes. Assim, no final da década ele inicia um trabalho próprio e inovador, preenchida com características pessoais, atraindo novas correntes para lhe seguir em meados do século XX e marcando assim uma transição para o movimento moderno.

    Suas obras são marcadas por inovações formais que eram distintas dos estilos existentes em meados do século XX. Louis utilizava de formas geométricas elementares, puras, e uma volumetria simples, em que utilizava materiais aparentes como o concreto, tijolo ou madeira, e constantemente utilizava a arquitetura clássica ou medieval como inspiração para suas obras modernas, mostrando assim que o passado pode servir como base para novas arquiteturas sem que caia no historicismo. 

    Em uma época em que estava em alta a arquitetura marcada pela leveza e transparência do vidro, ele traz de volta os grandes volumes geométricos simples de concreto ou tijolos cerâmicos, sem a grande quantidade de vidro utilizada pelos estilos antecessores. 

   Louis Kahn possui um grande repertório de obras, sendo que, dentre tantas, algumas das mais importantes são o Instituto Biológico Salk, Complexo da Assembléia Nacional, Biblioteca da Academia Philip Exeter e a Primeira Igreja Unitária.


Instituto Biológico Salk

Corte do Complexo da Assembléia Nacional



Manual do Arquiteto

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