Considerada uma união das características de todas as obras de Louis Kahn, esta obra é localizada em Nova Hampshire, e teve o projeto feito em 1965, no entanto a construção começou apenas em 1969 e foi finalizada em 1971.

   Vivendo durante uma época em que o brutalismo mostrava a sua arquitetura, Louis I. Kahn mostrava também suas tendências brutalistas através da utilização de materiais aparentes, neste caso, o tijolo cerâmico em evidência nas paredes externas e o concreto aparente nas áreas internas. Além disso, essas tendências ficam a mostra por sua opção em usar uma volumetria simples com formas geométricas elementares.

   

     Utilizando uma técnica secular na construção da alvenaria e um rigor geométrico clássico em sua planta e volumetria, Kahn mostra mais uma vez a possibilidade de uma arquitetura moderna que possa unir a mais nova das tecnologias com materiais e técnicas clássicas.

    As formas desta edificação foram feitas, assim como tantas outras obras dele, através de um traçado ortogonal, traçado este que gerou formas compactas e simples, como é possível perceber na planta baixa. É possível notas que, assim como a Assembleia nacional, foi feito um jogo de aglomeração de diferentes áreas em torno de um centro, em que este teria uma grande importância na obra, seria o espaço principal.

     Com a sua inclinação para a utilização da luz natural como característica do seu projeto, ele utilizou aberturas e a luz para provocar diversos efeitos na biblioteca, fazendo com que a aparência de cada um dos espaços mude de acordo com a incidência de luz da hora, da estação do ano e do clima.

    Mesmo suas influencias sendo notadamente ligadas a Violet-le-Duc, Durand e Labrouste pode-se perceber que em muitas das suas obras existem alguns toques que podem nos lembrar de Le Corbusier. Um bom exemplo disso é na sua obra Sanskar Kendra, em que este utiliza tijolos cerâmicos e concreto aparentes, deixando toda a sua estrutura a mostra, sem se preocupar em esconde-la, típico pensamento brutalista da época.